Em meio à alta demanda por hospedagem nas festas juninas, moradores de cidades como Santo Antônio de Jesus e Cruz das Almas deixam suas residências para lucrar com aluguéis temporários.
Em Santo Antônio de Jesus, o revendedor de gás João dos Santos, de 41 anos, decidiu repetir a estratégia do ano anterior: alugar sua residência por seis dias durante o São João. Ele planeja cobrar até R$ 6 mil pelo período, hospedando grupos de turistas que dividem os custos. "É uma oportunidade de aumentar a renda. Com esse dinheiro, consigo pagar algumas contas e ajudar pessoas da minha família que precisam", afirmou João.
Já em Cruz das Almas, a assistente social Kelly Soares, de 34 anos, vai alugar sua casa pela primeira vez, com expectativa de faturar R$ 5 mil pelos seis dias de festa. Durante esse período, ela pretende se hospedar na casa da irmã, que mora na mesma cidade. Apesar de alugar sua residência, Kelly não quer perder as festividades locais, que contarão com apresentações de artistas como Wesley Safadão, Nattan e Simone Mendes.
A prática de alugar imóveis durante o São João tem se tornado comum em diversas cidades baianas, impulsionando a economia local e oferecendo aos turistas uma experiência mais autêntica. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de cuidados na hora de fechar esses contratos temporários. O corretor de imóveis José Alberto Vasconcellos, do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci-BA), recomenda que os locadores firmem contratos por escrito e mantenham uma lista dos hóspedes que ficarão no imóvel, visando evitar possíveis problemas.
Com a alta procura por hospedagem e a escassez de vagas em hotéis e pousadas, alugar uma casa diretamente com moradores locais tem se mostrado uma alternativa viável para muitos turistas que desejam vivenciar o São João de forma mais próxima da cultura regional.
Fonte da matéria: Jornal Correio 24 hora
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